quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Sem rumo


Por que se abater por coisas que na verdade são inócuas aos ouvidos dos que não se importam com nada?
A perversidade do ser humano desmotiva-me de maneira gradativa.
Nela ele se revela de maneira tão óbvia que surpreendo-me todos os dias.
Estou sem graça, sem motivação, fechada para balanço.
Não sou perfeita. Tenho mais defeitos que qualidades, porém, há sempre um limite para tudo.Não saio distribuindo falta de caráter.
Descobri que é mais fácil perder de vista do que insistir em mudar ou tomar conta de algo que na verdade não é interessante.
O homem está se revelando egoísta demais.
Nós estamos nos transformando em verdadeiros seres desumanos.
Quem na verdade faria a diferença no mundo, hoje em dia é exposto ao ridículo e desmonta mais uma vez um provável retorno à dignidade.
Você já parou para pensar como é difícil hoje em dia encontrar pessoas dignas?
E honestas?
As dignas são consideradas babacas. E elas existem, acreditem, mas se escondem de vergonha de serem descobertas.
As honestas se curvam diante de tanta sacanagem.
Humildes então...raridade.
Na verdade, os valores se perderam de vista, e ser bom ou ser gentil hoje em dia, virou chacota na boca dos ignorantes.
O mundo está doente.
E eu nem sei como procurar um diagnóstico para ele. Nem sei quanto tempo vai durar essa onda.
É como a gripe. Muitos já se contaminaram pelo marasmo. Outros tentam fugir.
Mas uma coisa é certa: todos irão passar por ele!

Obrigada pelo desabafo!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Only sisters....


É tão engraçado quando escuto a frase "criei todas do mesmo jeito", e de repente, olho ao meu redor e percebo que na verdade nos completamos justamente devido a esta diferença.
Às vezes me sinto um pouco culpada por não ter dado um irmão ou uma irmã ao meu filho, visto que provei a alegria de conviver anos e anos com minhas irmãs, e até hoje poder ainda compartilhar alegrias e tristezas. Mas o mundo, como dizia Renato Russo, anda "tão complicado", que dá vontade de sair correndo. Eu tento dizer a ele para sempre tratar um amigo como um irmão. E sabe que muitas vezes dá certo?

Muitos dizem que as amigas são as irmãs que pudemos escolher. E eu faço mais um comentário: ainda bem que apesar de não termos escolhidos nossas irmãs, tivemos sorte.

Não vou falar de mim.
Vou falar de minhas irmãs.


A primeira irmã, é aquela que todo filho temia ser...A primogênita, aquela que carregou toda a responsabilidade da segunda, terceira e quarta irmã, mesmo que ninguém a tivesse obrigado a fazer.
É a irmã que mais se preocupou com tudo, até com a temperatura, nos dias de dor de garganta. Ai, como ela sofria.
Chamávamos de "a medrosa" (sim, a chamávamos), e este "adjetivo maldoso" há pouco tempo nos calou, depois de uma forte e dolorosa perda que passou por sua vida. Lá pudemos constatar que o seu medo era somente zelo, pois tivemos a oportunidade de conhecer a heroína irmã que mostrou toda a sua força, tornando-se, talvez, a melhor de todas nós.

A segunda irmã, ah...é difícil e fácil de falar ao mesmo tempo.
Como adjetivo, diria complexa.
Talvez por ser a mais reservada, porém generosa.
Acho que o seu melhor adjetivo.
Vivo tentanto tirar algo lá de seu íntimo, mas é difícil, nem sempre tenho sucesso...
Na verdade, sempre quis ter muitas de suas qualidades. Uma delas a força de vontade para manter a forma e a casa brilhando.rsrs
Enfim, ninguém é perfeito, nem em uma família quase perfeita.
Ela na verdade seria a guerreira da família, que não se deixa abalar e defende sua prole com unhas e dentes. Vejo nela um modelo de mãe que queria ser. (gente, não sou invejosa, tá?)Aquela mãe zelosa, presente, atenta e cautelosa.

A terceira... sem comentários...pois sou eu.

A quarta..ah, essa veio de encomenda. Esta é fácil de falar. Adoro falar sobre ela. Esta é aberta, até demais, se tem problemas, quer que eu e o mundo inteiro a escute e resolva naquele minuto.
É a que mais deu e dá trabalho. Porém, tenho certeza que esta nasceu para trazer algum ensinamento, ou encantamento. Sei lá.
Sei que a cada dia ela tem uma história para contar. Às vezes até que boa, outras, engraçadas, outras trágicas e inacreditáveis.
As inacreditáveis são realmente inacreditáveis.
Com ela é assim.
Tudo que lhe acontece, é de uma profundidade exaustiva.
Pergunto-me até se quero realmente saber.
Porém, como todas as outras 2 irmãs, a generosidade é algo em comum entre elas, ou fora do comum.
E sabe de uma coisa? Descobri que através da dança, ela arrumou um meio de extravasar todas suas afliçõs e angústias do dia a dia, acredito que seja ela a que realmente encontrou uma forma de superar e lidar com suas dificuldades.

Percebo então que isso sim, foi resultado de uma criação interessante, passado pelos nossos pais, que incansavelmente repetem a frase acima citada: "criamos todas do mesmo jeito". Tenho certeza que são nestes ensinamentos que nos reconhecemos irmãs, através de nossos próprios defeitos, e nos tornamos,com o passar do tempo, reflexo de nossa própria existência.

Beijos fraternos